sexta-feira, 20 de junho de 2008

As Tecnologias de Informação e Comunicação com saída para o desenvolvimento

Nos países em desenvolvimento uma característica é comum à maioria, a abundância de pessoas que precisam ser incluídas de maneira digna na sociedade. Essa informação reforça a visão do economista John Maynard Keynes que contrariando a concepção da teoria econômica até então, postulou que a economia é a ciência da abundância e não da escassez como apresentado pela celebre definição de Lionel Robbins em ensaio de 1932: "a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos." Atualmente, no amanhecer da Economia do Conhecimento, outro recurso se mostra ainda mais abundante, a informação. Esse recurso em sua abundância resulta em um incremente significativo da complexidade e incerteza com a qual os seres humanos precisam lidar para conduzir sua vida cotidiana e produtiva.
Uma estratégia de desenvolvimento econômico para qualquer um desses países, em especial para o Brasil, precisa considerar como coordenar esses dois recursos de maneira eficiente para gerar desenvolvimento social e crescimento econômico. A competência central que une os dois elementos é o aprendizado. Esse não pode mais ser visto como o simples fornecimento de um conjunto pré-definido de informações, pois isso apenas acrescentaria informações ao imenso pool já existente. É preciso capacitar as pessoas à margem da sociedade com a competência para poder selecionar quais as informações são relevantes para melhorar seu padrão de vida e garantir de forma sustentável sua alimentação, moradia, bens culturais etc.
Nessa perspectiva o apoio ao desenvolvimento da indústria de Tecnologias de Informação e Comunicação no Brasil tem forte potencial para gerar crescimento econômico e inclusão social. Para isso é preciso repensar a estrutura educacional brasileira, principalmente com relação ao método de ensino, que precisará incorporar já nos estágios iniciais de formação as novas tecnologias. Somado a esse esforço é preciso um grande movimento para atualizar os professores com relação às formas de ensinar por meio das novas tecnologias. O resultado de um esforço como esse, que só virá no médio e longo prazo, é a criação de uma nação pujante no fornecimento mundial de TICs. Caso isso não seja feito, seremos por mais alguns séculos o fornecedor mundial de commodities de com baixo valor agregado!

Um comentário:

Castor disse...

http://castor-ensimesmando.blogspot.com/2008/10/ensimemesmando.html
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